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Origem do Elástico


A origem da seda
Pra quem não sabe, a seda é uma fibra natural de origem animal usada na indústria têxtil. E é obtida através do casulo do bicho-da-seda, onde o inseto ejeta o fio junto a uma cola chamada sericina. Ela é utilizada para se produzir tecidos leves, cintilantes e macios e pode ser usada para diversos tipos de modelagem da roupa, como camisas, vestidos, blusas, gravatas, lingeries, etc.
Existem muitas lendas sobre a seda, uma delas é que foi descoberta por uma rainha chinesa. Quando a mesma tomava seu chá debaixo de uma amoreira, então um cásulo caiu dentro de sua xícara de chá fervente e soltou um fio. Sendo assim, a imperatriz chinesa Hsi Ling Shi é venerada como deusa da seda, pois teria inventado o tear utilizado na produção do tecido.
A indústria da seda existe na China há mais de 5 mil anos e foi mantida em segredo durante muito tempo. Segundo a história, os ovos do bicho-da-seda foram levados para a Europa no início da era cristã, por dois monges. Através dos anos, os sericicultores selecionaram as melhores espécies do inseto. A seda era considerada a mais valiosa mercadoria da China e gerou a famosa rota da Seda, a mais importante rota comercial da época.
Sendo assim, foi comercializada em diversos continentes. No Império Romano, o tecido era muito apreciado valendo o seu peso em ouro. Na Índia, a seda também é bastante utilizada na confecção de sarees.
Atualmente, apesar de sua produção ser maior, devido ao grande número de maquinários e novas tecnologias, o seu valor ainda é bastante superior, pois se trata de um tecido nobre. Os métodos tradicionais de colheita de seda implicam na morte dos bichinhos, apesar de terem pouco tempo de vida, pois assim a fibra é preservada. Mas hoje existem processos alternativos que preservam os bichinhos, a chamada SEDA DA PAZ.
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Por Paola Sanguin, professora do núcleo de criação da Sigbol Fashion
Referências: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32.
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Como surgiu a Chita?
A Chita é um tecido de algodão barato e de baixa qualidade, com trama simples e estampas de cores fortes, geralmente florais.
O tecido é originário da Índia. Quando os portugueses, durante suas viagens comerciais, começaram a levar para a Europa tecidos de algodão ricamente estampados, se espalhando por toda a Europa.
O Brasil demorou para entrar na rota da história da chita. O setor têxtil no país começou tarde, já que os portugueses tinham uma certa rejeição com o trabalho manual, os tecelões eram mal vistos. Mas, em determinado momento, o Brasil foi obrigado a importar tecidos de algodão estampado fabricados na Índia e na Inglaterra para servir como moeda de troca por escravos. O que movimentou a indústria têxtil.
A produção das chitas brasileiras foi, portanto, adiada por diversas imposições portuguesas. Até que a família real portuguesa foi obrigada a fugir para o Brasil e junto a ela, veio a permissão de produzir tecidos.
Após um longo processo burocrático, cultural e financeiro, a chita passou a ser produzida aqui.
Com o passar dos anos a produção do tecido barateou, tornando-o muito popular.
Hoje a Chita pode ser facilmente encontrada, e é muito usada em decorações. Também pode ser notada nas passarelas, galerias de arte, vitrines e palcos. Quando designers redescobrem estas estampas e as incorporam em suas criações.
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Por Paola Sanguin, professora do núcleo de criação da Sigbol Fashion.
Variações do Veludo
A história do veludo a gente já te contou aqui no blog. Mas você sabia que existem vários tipos do tecido? Então nós vamos te contar detalhadamente as diferenças entre eles pra você não se confundir na hora da escolha.
Veludo Alemão: é um veludo liso feito de seda ou algodão. É bem liso e possui brilho intenso. Roupas feitas a partir desta trama ganham um ar mais elegante, que remetem à antiga nobreza europeia. É o mais caro dos veludos.
Veludo Cristal: é um veludo bem lisinho e brilhante, mas é mais leve do que o alemão. Feito geralmente de fios de seda.
Veludo Molhado: o brilho lembra o veludo cristal, mas a superfície é irregular como se tivesse sido machucado.
Cotelê: canelado, lembra um brim “cabeludo”. Sua base pode ser o algodão ou algum fio sintético como o poliéster ou o raiom. De uns tempos para cá, o elastano foi incorporado a sua composição, o que lhe conferiu maior conforto.
Devorê: é um processo químico que corrói o tecido e o deixa com desenhos em relevo, como se o tempo tivesse comido a superfície da trama.
Cada um proporciona um caimento diferente na peça, óbvio, um mais lindo que o outro. E a gente aqui só desejando ter uma.
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Por Paola Sanguin, professora do núcleo de criação da Sigbol Fashion.
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