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Como começou o Street Fashion?

foto 1Quem dita à moda afinal?

Hoje em dia milhares de blogueiras postam o look do dia, gerando milhares de acessos e lucros para algumas marcas. Mas se não fosse aquele CLICK o que seria da publicidade e propaganda? Vamos falar de fotografia e por o pé na rua!

Foto 2A fotografia de street style surgiu em uma época analógica, década de 1970. Quando o jornalista Bill Cunningham, ainda trabalhava no Women’s Wear Daily. Ele registrava diariamente pessoas aleatórias com o propósito de captar roupas que inspirassem estilos genuínos e personalidades singulares.

Hoje são muitos os fotógrafos que tentam reproduzir os mesmos efeitos, mas aparentemente esse ideal de fotografia tem se perdido, dando lugar às tendências, grifes e pessoas influentes do mercado da moda, como estrelas e blogueiras.Foto 3O responsável pelo crescimento dos blogs de street style é o fotógrafo Scott Schuman, criador do The Sartorialist. Após quinze anos acumulando experiência na área de moda, começou a se sentir incomodado com o fato de que as roupas que via nos desfiles eram totalmente diferentes com relação ao que via nas ruas (moda conceitual x moda comercial). Então teve a brilhante ideia de fotografar pessoas que tivessem em seu modo de vestir uma composição de peças interessantes. Com o tempo, o blog cresceu e passou a captar não apenas pessoas aleatórias nas ruas, mas também fashionistas e editores de moda. O que era um hobby, virou a sua profissão. Mas o foco deixou de ser somente apresentar estilos autênticos, e sim uma grande estratégia de Marketing.

Foto 4Mas não para por aí! Para chegar onde esses fotógrafos renomeados estão é preciso muito estudo, arte, criação e suor!

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Por Paola Sanguin, professora do núcleo de criação Sigbol Fashion.

Referências: Manual Arte de Vestir Sigbol Fashion, 1, 2, 3.

Como surgiu o Boyish Style?

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Segundo a história ocidental, existiram muitas mulheres que adotaram peças ou todo um visual masculino ao se vestirem, mas até o século 20, a coisa se restringia a poucas mulheres altamente priFoto 1vilegiadas a quem a sociedade tolerava como algo que considerava um “traje excepcional”.

Antigamente caso uma mulher usasse roupas de homem era uma grande exceção, tolerada apenas se fosse uma rainha ou uma mulher extremamente influente, rica e independente. Se não fosse por isso, uma mulher que usasse roupas masculinas provavelmente era marginalizada, agredida ou morta. Joana d’Arc (1412-1431), foi uma heroína francesa da Guerra dos Cem Anos, foi acusada de bruxaria e queimada viva.

Um dos casos mais famosos foi o da Rainha Cristina da Suécia (1626-1689). Era uma época em que as mulheres usavam espartilhos estruturados com ossos de baleia, vestidos pesados cheios de detalhes decorativos e penteados elaborados. Ela usava cabelos soltos, rosto lavado e roupas sóbrias folgadas, cavalgava usando roupas masculinas e chegou a comandar tropas vestida como homem em várias das muitas batalhas que ocorreram durante seu reinado, no qual a SuéFoto 2cia conquistou a condição e respeito de estado independente da Noruega e da Dinamarca. Além de rainha, Cristina também foi uma mulher culta, gostava de artes e ciência, e foi amiga do filósofo René Descartes. Nunca se casou, mas boatos revelam que teve um romance com Dom Antonio Pimentel de Prado, embaixador da Espanha, que se supõe ter sido a razão de ter se convertido ao Catolicismo. Em 1654, Cristina renunciou ao trono sueco e fugiu para Roma disfarçada de homem, passando-se por um aristocrata chamado Conde Dohna, e viveu na Itália pelo resto de seus dias. Ao longo dos séculos sua história popularizou através de teatros e cinemas, onde foi sempre mostrada como uma mulher de caráter forte em roupas de homem.

Outro caso foi o de Amandine Dupin, baronesa de Dudevant (séc. IX). A aristocrata e intelectual Srta. Dupin  se destacou por fazer parte de um grupo Foto 3de artistas e escritores do movimento romântico, tendo sido amante de alguns deles. Ela usava o nome artístico de George Sand (um nome masculino, pois na época dificilmente uma editora seria respeitada pelo público se revelasse que era mulher) e teve reconhecimento como romancista. Uma precursora do Feminismo, na juventude usava com frequência roupas masculinas e cabelos curtos.

Já no Ocidente, apesar desses casos, uma mulher usando peças ou trajes completos masculinos  era considerado muito mais uma exceção ou extravagância do que moda.

boysHoje em dia as mulheres têm evoluído e modificado a sua forma de vestir mas, essas mudanças têm sido intensamente acentuadas! Desde os cortes de cabelo às roupas ou até mesmo aos sapatos, existe uma tendência que tem estado mais do que presente nos grandes desfiles por todo o mundo, com apenas detalhes andróginos. O BOYISH STYLE!

Foto 4As peças masculinas não precisam te transformar em um homem, basta ser apenas inspirada no armário deles. Por isso, quando falamos em blazer, camisa e calça social, podem ser peças que são mais acinturadas para valorizar o corpo. Uma forma totalmente alternativa, e casual de se vestir.

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Por Paola Sanguin, professora do Núcleo de Criação Sigbol Fashion

Referências: 1, 2, Manual História da Moda Sigbol Fashion.